2009/02/01

"Downtown Train"









- Foto: 1980 -

Centro de São Paulo..... era o lugar em que me sentia em casa, trafegava e coexistia todo final de semana com jovens punks na escadaria do largo de São Bento, com metaleiros e independentes na “Baratos a fins”, com Beatlesmaníacos no “Cavern Club Brasil” (ainda com o Luiz e o Marco juntos), com as meninas da “Love Story”, com os ascensoristas do “Mappin”, do nunca mais encanto musical dos velhinhos do “Bar Brahma”, dos passeios de interesse acadêmico (sonho) a vivenciar a história pelo “Pátio do Colégio” e pela “Casa da Marquesa” carregando o livro **Crônicas de São Paulo** de Antonio Penteado Mendonça, com o filé com alho temperado com muita memória do “Filé do Moraes”, a flertar as guitarras e baixos na hoje “Musical 255” no viaduto Santa Ifigênia, a jantar o mais delicioso filé de peixe à dorê com a **presença** da Inezita Barroso e do Adoniran Barboza (ambos tinha mesas cativas (homenagens) jamais usadas por outros clientes no eterno “Parreirinha”, com os motoqueiros sem destino na “Gel. Osório”, com os drinques do “Café Arouche” e é claro com as tribos da “Galeria do Rock”.
Tenho retornado ao centro... e a sensação é de voltar a uma casa depois de muitos anos e ao visitar os cômodos dessa casa não mais os reconhecer.
Ontem fomos eu e a Malu ao centro e estou reapaixonado por ele.
A ida: Estação Brigadeiro – Paraíso – Sé – São Bento






-Galeria do Rock-

Passeamos pelo Viaduto Santa Ifigênia, observamos a paisagem metropolitana e a arquitetura dos arcos centenários da lateral do prédio vizinho - arquitetura escondida pela ponte de ferro inglesa.
Almoçamos no “Girondino” -(Rua Boa Vista, 365 -foto-) ,
atravessamos a Rua São Bento, Praça do Patriarca, Viaduto do Chá e chegamos até a Galeria do Rock (Rua 24 de Maio).
Me confesso deslocado, mas não um estrangeiro.
Como antigo habitante agora expectador das novas tribos a habitar esse velho aposento.
Depois fomos na “London Calling”, na galeria ao lado (não sei o nome da galeria). É a loja que mais gosto de procurar cd´s (antes LPs). Era programa obrigatório para mim e a Juliene (isso quando eu apitava o itinerário dos passeios entre nós! rss).
Fui procurar um cd da banda “Beirut” mas quem deu sorte foi a Malu que acabou comprando um “Tom Waits” que não tinha.

É ainda lá (in downtown) que São Paulo pulsa.
A volta: Estação República – Sé – Paraíso – Brigadeiro.

Um comentário:

Malu Aguiar disse...

Caminhar contigo é sempre um prazer renovado.... como ouvir o Tom. Um sabor familiar mas um eterno querer mais.
Viu como estamos tão perto do Paraíso, que por sua vez é muito próximo da Liberdade....?
beijo imenso