4Alfredo Gomes – “LUTEI POR AQUILO QUE QUIS E MUITO (tudo) DEVO A TI"

10/05/2020 - No dia das mães e dos 32 meses de saudade do pai .... amor e gratidão à eles.

Eu, por mais que eu tente entender a falta que fazes aqui, nunca vou conseguir
E nas promessas que eu faço para te lembrar
É quando eu consigo sonhar com tudo o que foste para mim
E é nos meu dias maus, quando já não sei quem sou
Tento gritar ao céu para que me possas ouvir
E é nos meus dias bons, que gostava de te falar para veres onde eu estou
Onde eu consegui chegar

É verdade, morro de saudade de te ter aqui
É verdade, morro de saudade mas eu sei que estás aí a olhar por mim
Vais, comigo pra todo o lado e é no meu peito que eu te tenho levado
Eu, eu segui os teus conselhos, lutei por aquilo que quis e muito devo-te a ti
É verdade, morro de saudade de te ter aqui
É verdade, morro de saudade mas eu sei que estás aí

Ai se eu pudesse, trazer-te de volta, nem que fosse só mais uma vez
Ai se eu pudesse, trazer-te agora, nem que fosse só por uma hora
Nem que fosse
É verdade, morro de saudade de te ter aqui
É verdade, morro de saudade mas eu sei que estás aí a olhar por mim
A olhar por nós

25 DE ABRIL .... UM DIA CELESTE PARA PORTUGAL

Todos nós praticamos pequenas ações no nosso dia a dia que são - por mais interessantes que se mostrem no momento - estéreis, áridas, banais no curso da história. A nossa vida é, praticamente, a soma dessas ações.

Porém o acaso ou a necessidade humana em simbolizar contextos históricos fez um dos mais poéticos e autênticos símbolos de uma revolução.

Em 25 de Abril de 1974 o restaurante Sifire, o primeiro restaurante self service em Portugal, completava um ano de existência e iria oferecer um cravo às clientes e um cálice de porto aos clientes. Como Lisboa acordou repleta de soldados organizados para depor Marcello Caetano o restaurante não abriu e os funcionários foram dispensados.

É nesse momento que a história de Celeste Caeiro é alçada aos livros de História.

Celeste, na época com 40 anos e umas das garçonetes do estabelecimento, levou consigo vários cravos e no caminho foi interpelada por um soldado que lhe pediu um cigarro.

Relata Celeste anos mais tarde: "Olhei para os cravos e disse que lamentava, mas só tinha flores. Peguei um cravo, o primeiro foi vermelho, e ele o aceitou. Como sou assim tão pequenina e ele estava em cima do tanque, teve que esticar o braço, agarrou o cravo e o colocou em seu fuzil”.

Imediatamente, os outros soldados imitaram seu companheiro e pediram a Celeste um desses cravos, vermelhos e brancos, que levava sob o braço, até distribuir todos.

O símbolo da transição do medieval “orgulhosamente sós” para o Portugal de hoje estava cunhado na história.

 

Celeste Caeiro - 2014 

LADY MADONNA, PRECISO DAS SUAS SÁBIAS PALAVRAS

McCartney cantou, desafinou e extravasou emoção.

Não quis playback, não refez gravação, foi autentico.

Abaixo, explicação o porquê da escolha da música Lady Maddona e a tradução da mesma.

“When I find myself in times of trouble
Mother Mary comes to me
Speaking words of wisdom,

let it be.”

(Quando me encontro em tempos difíceis

Mâe Maria vem até mim

Dizendo palavras de sabedoria,

deixe estar.) –   Inicio da música Let it be

O porque da escolha da música Lady Madonna :  A mãe do Paul (Mary) era enfermeira, por isso a emoção e escolha da música para a live. A música iria se chamar “Virgem Maria” pois as enfermeiras e freiras faziam trabalhos semelhantes durante a guerra e levavam parte do sustento para a casa.

CADA UM SABE “A DOR E A DELICIA” DA REALIDADE QUE VIVE; A VIDA NÃO É UMA CIÊNCIA EXATA COMO DESCREVE FERNANDO PESSOA: “NAVEGAR É PRECISO, VIVER NÃO É PRECISO”.

Vai passar.

Não estou livre de ser presa desse algoz, nem da dor advinda da perda de alguém que amo, mas a realidade é que o que cabe a mim é fazer a minha parte,  a cada qual só cabe fazer a sua parte da melhor maneira possível.

Se você é do governo, cuide de si, proteja os outros ao seu redor e pense nesta e nas próximas gerações – que o universo ilumine suas decisões.

Se você é da área essencial e já está na frente da batalha, cuide de si e proteja os outros ao seu redor. Minha gratidão.

Se você é gerador de empregos, cuide de si, proteja os outros ao seu redor, equilibre suas ações para que haja o mínimo de dispensas e que sua empresa retorne a ser competitiva e geradora de empregos e renda para a sociedade e se já puder produzir de maneira segura à si, aos funcionários e à sociedade, produza. Não desista.

Se você está empregado e de quarentena, cuide de si, proteja os outros ao seu redor, administre bem seu tempo e veja se pode fazer algo baseado em suas competências ou simplesmente colaborar com a sociedade caso haja possibilidade (pagar diaristas dispensadas, doações, dar assistência a pessoas do grupo de risco ...).

Se você é autônomo, cuide de si, proteja os outros ao seu redor, se reestruture nesse período, busque o que lhe é de direito referente aos auxílios disponíveis, se puder produzir de maneira segura à si e à sociedade, produza.

Se você é desempregado, cuide de si, proteja os outros ao seu redor, busque se há algum direito referente aos auxílios disponíveis, busque na sociedade algum auxílio. Sei que está no fim da fila e praticamente sentenciado a ser esmagado pela nova realidade econômica que virá, mas cada qual tem um destino próprio e a chance de mostrar resiliência. Não desista, lute.

CADA UM SABE “A DOR E A DELICIA” DA REALIDADE QUE VIVE; A VIDA NÃO É UMA CIÊNCIA EXATA COMO DESCREVE FERNANDO PESSOA: “NAVEGAR É PRECISO, VIVER NÃO É PRECISO”.

PARA AQUELES QUE OUVEM O DOBRAR DOS SINOS

Muitos sinos ainda dobrarão e ao final dessa tormenta nossa geração terá o soar deles por toda sua existência.

"Nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo; todos são parte do continente, uma parte de um todo. Se um torrão de terra for levado pelas águas até o mar, a Europa ficará diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar de teus amigos ou o teu próprio; a morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti". John Donne

Todo homem que se vai leva um pouco de nós com ele, um pouco da humanidade.  Não pergunte quem morreu. Quem morreu foi você.

A expressão "por quem os sinos dobram" foi escrita pela primeira vez em 1624, por um reverendo e poeta inglês chamado John Donne, enquanto ele passava seus dias numa cama a um passo da morte. Era um trecho do livro Devotions upon emergent occasions, uma coleção de 23 pequenas “devoções”, uma para cada dia de internação, sobre seu processo de adoecimento e cura e outras questões humanas

07 ABRIL 2020 -  COVID 19:    81.503 mortes oficiais no mundo