2015/12/02

INSTRUÇÕES DENTRO (peosia e esperança); ÓDIO E INTOLERÂNCIA FORA

Ashraf Fayadh, poeta condenado a morte por sua obra.
Ashraf Favadh. poeta sentenciado a ter obra eternizada.

Que a obra fale pelo artista:

Asilo: Ficar de pé no fim da fila,
para receber um pedaço de pão.
De pé como seu avó ficava,
sem saber porque.

O pedaço de pão: você
A pátria: um cartão para por em sua carteira.
Dinheiro: papéis com fotos de líderes
A foto: o que substitui você até seu retorno
E o retorno? Uma criatura mitológica, daquelas histórias que sua avó contava.
Fim da primeira lição.
Você é inexperiente, lhe faltam as gotas de chuva para lavar os restos do seu passado
           e libera-lo do que chamam devoção.
Daquele coração capaz de amar, de brincar e de interagir com a sua obscena retirada daquela flácida religião.
Daquela pregação falsa de Deuses que perderam o orgulho. 


O petróleo é inofensivo, a não ser pela pobreza que deixa em seu rastro.
No dia em que os rostos dos que descobrem mais um poço ficarem escuros, quando soprarem vida no seu coração para extrair mais petróleo de sua alma para uso público, 
                                      essa é a verdadeira promessa do petróleo.
Meu avô fica de pé e nú todos os dias sem barimento, sem criação divina.
Fui ressuscitado sem um sopro de Deus na minha imagem.
Sou a experiencia do inferno na Terra.
A Terra é o inferno preparado para os refugiados. 

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