O real nem sempre combina com a vida em seu cotidiano.
Estamos acostumados ao conforto de uma certa crença na permanência. Vivemos em nome de um eu definido para nós e para os outros . Buscamos encontrar o já conhecido.
Esperança do previsível.
Impotência da alma.
Somos muito mais “deixar de ser” do que “ser”.
O diferencial está na nossa essência. Espinosa deu a ela o nome de conatus. Trata-se da potência de vida ou da potência de agir, ou seja, do tesão pela vida.
Através do conatus enxergamos o esgotamento de um modo de viver.
Através do conatus agimos e ressignificamos o outro.
Só há afetos. Só os desejos atualizam.
Como responsabilizar ou punir alguém por um ato praticado se levarmos a sério que o agente já não é mais. Que o afeto já se perdeu no tempo.
“Só há afetos. Só os desejos atualizam. Em tempo real, só as potências” Nietzsche
Estamos acostumados ao conforto de uma certa crença na permanência. Vivemos em nome de um eu definido para nós e para os outros . Buscamos encontrar o já conhecido.
Esperança do previsível.
Impotência da alma.
Somos muito mais “deixar de ser” do que “ser”.
O diferencial está na nossa essência. Espinosa deu a ela o nome de conatus. Trata-se da potência de vida ou da potência de agir, ou seja, do tesão pela vida.
Através do conatus enxergamos o esgotamento de um modo de viver.
Através do conatus agimos e ressignificamos o outro.
Só há afetos. Só os desejos atualizam.
Como responsabilizar ou punir alguém por um ato praticado se levarmos a sério que o agente já não é mais. Que o afeto já se perdeu no tempo.
“Só há afetos. Só os desejos atualizam. Em tempo real, só as potências” Nietzsche
Quem nos é caro fica incrustado na nossa pele para sempre, permanece tatuado em nós, porem os afetos estão em nós escritos à caneta... não sendo garantia de infinidade.
Coragem se faz necessária para uma investigação sobre a vida que vale a pena ser vivida.
Mais vale uma vida verdadeira no Alasca do que se curvar à todas as felicidades instantâneas que a Paulista oferece.
Somos muito mais ‘deixar de ser’ do que ‘ser’.
Passemos a ser.
Fontes:
Clovis de Barros Filho
Felipe Lopes
Espinosa
Sponville
Autora da foto: Malu Aguiar
3 comentários:
... afetos não se perdem no tempo, se transformam... não ressignificamos o outro, redimensionamos o modo de nos relacionar com o outro; a ressignificação se dá a partir de um novo olhar sobre o mundo, sobre as experiências... e sobre o outro. É um ponto de partida, não um fim em si. É renascimento, não morte. É um modo de perceber as coisas sob uma perspectiva mais positiva, modificando o filtro através do qual percebemos um acontecimento. Alterando o significado, mudamos nossa resposta e comportamento sobre este. A ressignificação é fundamental ao processo criativo.
Amor, mesmo escrito a caneta, é infinito; não se apaga e permanece. O que muda é o modo de vivê-lo.
A reflexão sobre si mesmo e sobre a vida só encontra paragem em ambientes tranqüilos... as vezes faz-se mister empreender viagem ao Alaska... Não sentir-se a altura das exigências do mundo foi o que motivou Chris McCandless a "fugir". Sua alma desejava escapar por não suportar o que a vida a submetia. Chris a prendeu firme ao corpo e seguiu viagem. Assim permaneceram, alma e corpo, até o fim, quando ela finalmente se viu livre para voar...
Para tal jornada é preciso coragem, é necessário amor... amor por si mesmo e pelo outro. E uma grande dose de desprendimento.
"Instintos que pressentem a ameaça de uma perda tão grande e irrevogável que a mente prefere não analisar. Nos amaciamos pela reflexão forçada que vem com a perda."
MARAVILHOSO
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