2009/09/05

SOPHIE, se CALE

Esta fórmula informal, mas extremamente didática, foi me passada pelo psicanalista Luiz Alberto Hanns durante o curso “NOVAS CONFIGURAÇÕES DO FEMININO E MASCULINO” e retrata bem a carência afetiva do Ser Contemporâneo.

Fui à exposição “Cuide de você” de Sophie Calle (sophiecalle.com.br) e confesso que o que vi não me tocou.
Essa coisa do vitimismo é um entrave.... e falo sem citar gêneros.
A partir do momento que a nova sociedade optou por viver sem papéis definidos homens e mulheres empurram responsabilidades e sentimentos para baixo do tapete do outro.
O homem perdeu, com a auto-suficiência da mulher, os 3 Ps que caracterizavam a sua existência na relação (Prover, Proteger e Procriar) e astutamente usa isso para abdicar de pesos e obrigações – (hoje não raro é encontrar um homem se vitimizando pelo peso de ter que sustentar uma família).
Porem sem essas funções o homem lida com a própria perda da identidade.
A mulher “pós-moderna” é senhora do seu desejo, dona do seu corpo. Também é aquela que passou a pegar o acompanhante na casa dele, escolher o restaurante, fazer a sugestão do prato e dividir a conta – exigiu para si esses ônus. Porem ainda habita em seu interior a “Julieta medieval” que ao menor gesto insensível se vitimiza.
Frágeis são as relações – o problema não está na forma do acabar (e.mail, pombo correio, celular ou pessoalmente), o cuidado deveria estar no percurso entre o gênese e o apocalipse dela.
Depois cada um cuida de si..

O que vi não me tocou -
Sai de lá com a necessidade de ouvir Carla Bruni.


2 comentários:

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Este comentário foi removido pelo autor.
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