Sponville nos diz que a compreensão não é tudo, nem a
finalidade última, pois pode ser que não haja nada a compreender e cita Wittgenstein: “A solução do enigma é
que não há enigma” e Wood Allen emenda: “A resposta é sim, mas qual pode ser a
pergunta?”
Não há perguntas, apenas o próprio mundo.
Aprender com um parceiro, estar aberto à vida que se apresenta
e direciona-la da maneira mais sábia e simples é responder sim.
Abandonar a filosofia na primeira pessoa, a solidão
intelectual e aceitar novos saberes é responder sim.
Perceber, por causa do outro, que o devir antes conhecido não
mais existe, é responder sim.
Abdicar do logos e se entregar ao desejo (“não quero o que
a cabeça pensa, eu quero o que a alma deseja”), é responder sim.
Subamos, juntos, os degraus nessa escada, pois sabemos a
resposta que nos aguarda.
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I I I
2 comentários:
I, II, III.
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