2011/06/12

A FELICIDADE TE ACOMPANHA ATÉ VOCÊ ESBARRAR COM O OUTRO

A existência não se dá sem o outro.
Toda aparição faz aparecer na situação um aspecto não desejado em mim (-Sartre-), pois faz confrontar o Eu, perfeito até então, ao Outro, aquele bárbaro repleto de diferentes conceitos  – com outro olhar, e quando se tem outro olhar, a moral também o é.

A felicidade te acompanha até a esquina, ponto em que você esbarra com o outro.
A felicidade te acompanha até o restaurante, até você perceber que o Outro levou os seus documentos.
Na semana a felicidade, na maioria das vezes, fica em casa quando saímos para trabalhar, pois sabe que, lá fora, é inevitável o confronto com o Outro – repare que, para a maioria, o momento de sair para trabalhar é angustiante e a angustia advêm da Felicidade pular fora do barco e dizer: “Vai Quixote, os dragões te esperam!”.
O Outro tem outra moral, segue outros gabaritos, nem sempre condizentes aos nossos, com outro olhar sobre ética e afins.

“O mal só pode ser vencido por outro mal” - dizem os existencialistas – porem esse pensamento é um passaporte à equiparação do Um com o Outro.
Conatus reduzido, potencia abalada no inevitável confronto com o Outro.

Uma existência valorosa só se dá na conservação do Eu, que se dá ou no confronto ou no afastamento do Outro.

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