2011/03/20

O COLETOR DE "TABUAS"

Minha geração cresceu na época dos bailinhos.

Havia uma expressão para quando o rapaz ia até uma garota e essa se negava a dançar com ele, a expressão era “levar uma tábua”.
Nessa época de auto-estima frágil, a grande maioria dos rapazes ficava em um canto à espera de algum sinal ou de alguma conhecida.

Ouvi, à algum tempo, a historia de um “contemporâneo” em que relatava a forma de como lidava com isso.
Relatou que nos bailes não perdia tempo, ao avistar alguma garota de seu interesse, ia até ela e a chamava para dançar.
É obvio que, ao voltar depois de levar alguma “tábua”, ele era “zoado” por seus amigos.
Ao final dos bailes, ele contabilizava uma média de umas doze “tábuas”, porem dançado com umas cinco novas garotas, enquanto seus amigos, com as reputações ilibadas, contabilizavam zero “tabua” e umas três danças.
Na realidade seus amigos sempre dançavam com as mesmas meninas, pois sabiam que seriam correspondidos, que teriam um “sim” como resposta.
O rapaz ao final de cada baile tinha dançado mais e tido novas vivências.
Na vida é assim, é necessário coragem, assumir riscos, levar “nãos”, sair do lugar seguro para enriquece-la.

Esta lembrança veio através deste vídeo... poético e muito mais ilustrativo.
música: Aselin Debison – Someone is There Waiting for My Song