2009/08/24

SUMIMASEN - Questões do agora (final)

Não temos respostas para as questões do agora.
Não temos respostas para as atitudes do agora.
Surpresos com o questionamento ainda respondemos “porque sim”, mas não é por ingenuidade, desta vez é por descaso... é por não nos importarmos – estamos com a vida ligada no piloto automático e a existência se consome de maneira estúpida.

A vida é individual – particular, é o Eu em relação ao mundo e o mundo é um para cada um.

Porem existe o outro e o outro não deve ser o inferno – como sentenciou Sartre. O outro é inevitavelmente o elo entre você e a vida. Você não existe sem o outro.

O encontro entre o Eu e o Outro é seguido de transformações – o Eu e o Outro nunca mais serão os mesmos. Abandonemos a ação contemporânea do “ou você é prego ou é martelo" e adotemos a filosofia do equilíbrio e do cuidado.

Não temos respostas às questões da pós modernidade, mas temos que nos redimir para com aqueles que causamos danos.

SUMIMASEN é a palavra que representa uma maneira sincera de se pedir desculpas, do fundo do coração, com a intenção, o cuidado, de não mais se repetir o dano.

Sinto pela ausência de respostas..... Sumimasen por todo o resto.

É quando se tem a visão turva
e não se visualiza a importância da flor
É quando se tem a consciência abalada
pelo virtual estrago do espinho e sua dor.
E.M.

BECAUSE - Questões do agora I

Nos anos 60 a resposta às questões que afligiam a sociedade foi pueril e de maneira poética dada pelos Beatles através da música "Because".
Resposta simples como um "é por que é".
Já descrita como sociedade pós-moderna, temos a definição do nosso tempo no brado niilista de Nietzsche descrito nos livros filosóficos: “a desvalorização e a morte do sentido, a ausência de finalidade e de resposta ao 'por que'. Os valores tradicionais se depreciam e os critérios absolutos dissolvem-se...A superfície, antes congelada, das verdades e dos valores tradicionais está despedaçada e torna-se difícil prosseguir."
Não haviam respostas plauziveis para o “Why”.
Nietzsche anteviu, Kafka (se) expos seu tempo e Dostoiévski complementou Zaratustra: "Se Deus está morto, então tudo é permitido" -
Entende-se por Deus neste ponto como a verdade e o princípio.
Há ausência de respostas ao "por que", há ausência de um significado para a existência.